suave, mais suave ainda
sem importunar as almas errantes
cansadas de procurar o manancial da vida
devagar, mais devagar ainda
sem forçar os desejos contidos
temerosos e aflitos por tanto gelo sofrido
com a delicadeza da borboleta
afagando os afetos e despertando os sonhos
extraindo o néctar de quem se descobre vivo
com o encanto da borboleta
fascinando com sua dança tímida, cadenciada
embelezando o espaço e respeitando o sentimento
com a beleza da borboleta
amaciando as dores e colorindo as tristezas
erguendo o espírito de quem já morou nas trevas
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