Oswaldo Guayasamín |
A dor de tantas vidas truncadas
Das almas eternamente esquecidas
Neste império da autossuficiência
Ai! Quem assumira com ternura
Os sonhos das vidas condenadas
Dos que nunca sentirão a dita
De construir com esforço suas vidas
Ai! Quem oferecera esperança
Àqueles que se arrastam nas trevas
Sem horizonte nem ventura
Nesta noite que se pressagia eterna
Ai! Quem contemplara com lágrimas
Este mundo que se desmancha
Com a marreta da indiferença
E a ilusão da prosperidade própria
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