No silêncio da noite
Quando a vida viajava ainda
Pelas estradas do cansaço
Arrastando a sombra
Pelas sendas já pisadas
Acordou sem motivo
Na imensidão noturna
De um véu iluminado
Por milhões de sonhos
Fugitivos e travessos
anciãos ou recém-nascidos
Acordou sem desejá-lo
Na monotonia escura
De uma vida sem estrelas
Quando a lua namoradiça
Convidava radiante e tentadora
Ao eterno abraço dos insones
Acordou sem alternativa
No raiar de uma nova aventura
Com o coração atravessado
Pelo desejo de devorar o dia
Até retornar vazio e cansado
Ao seio que lhe proverá de vida
Nenhum comentário:
Postar um comentário