Quando o frio chegar
Com seus assovios assustadores
Amedrontando as forças
Paralisando e escurecendo
Os ingênuos sonhos juvenis
Quando o frio chegar
Não deixes o sorriso murchar
Nem extinguir a alegria
Nem congelar a ternura
Quando o frio chegar
Com seu silêncio ameaçador
No permitas que o coração emudeça
Nem que se acobardem os olhos
Renunciando medrosos
À espera paciente
Do nascer do sol
Dilacerador das trevas
Que enevoaram a esperança
Quando o frio chegar
Não soltes minha mão trêmula
Nem esqueças dos abraços cálidos
Que outrora semearam minha alma
Com o vigor do afeto
E o ardor da entrega
Quando o frio chegar
Que nos surpreenda juntos
Aquecendo o mundo
Com o nosso sangue vertido
Alimentando a terra
Com o nosso amor doado
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