Expõe sem pudor
A história da tua raiva
As raízes da tua dor
A origem do teu pranto
Como num mapa aberto
Descubro claras marcas
De ignominioso desprezo
Rios de violência
Vertidos sem motivo
Num mar de culpa e vergonha
Cordilheiras de opróbio
Que deves superar cada dia
Para poder erguer a vida
E descobrir o céu
Tua ferida aberta
É um grito silenciado
Uma lágrima encalecida
Uma dor anestesiada
Que tenta fugir disfarçada
À procura de novas paisagens
Onde não exista mais
A palavra que fere
E a agressão que humilha
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