Deixando um rastro de aflição e pranto
Nem o canto dos pássaros
Nem a melodia dos ventos
Conseguiam animar seu passo
Quais sinistros presságios
Arrojará sua andança?
Até onde chegará
Sua infeliz odisseia?
Por que esse abatido gesto?
Por quem tão lastimoso rosto?
Perguntava interessado
Um fugitivo passarinho
Desde onde arrastando essa pena?
Até quando empurrando essa dor?
Indagava intrometida
Uma apreensiva borboleta
Mas a nuvem peregrina
Prolongava sua dolorosa romaria
Engolindo em segredo suas dores
Soluçando copiosamente suas mágoas
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