Um rio de vontades
Arremetendo com fúria
Contra os muros levantados
Pela indiferença histórica
Um furacão de raivas
Arrancando de raiz
Séculos de injustiças
Edificadas com sangue
Uma multidão de anônimos
Erguendo a voz e o canto
Contra o silêncio imposto
Pelo terror estabelecido
O mundo se levantando
De um letargo forçoso
De uma noite opressora
De um inverno eterno
Uma revolução taciturna
Um povo novo ressurgindo
Um amanhecer desabrochando
Uma esperança se engendrando