quando a escuridão nos obriga a esse tempo de espera,
sozinho, tateando, visualizo seus rostos, me surgem mil nomes.
São meus amores, que me acompanham e velam,
que me arrulham e ninam, com cantos de memória,
com melodias gravadas no íntimo da minha história,
me devolvendo a identidade no caminho perdida.
São meus amores, que me lembram que vivo,
que me devolvem aos antigos caminhos
e me abrem a novas paisagens, dizendo: “adiante!
sempre além, pois no extremo, no topo, alguém nos espera”.
São meus amores, com quem saboreio a vida,
que me mostram a profundeza e largura do sentir humano,
que me enchem e transbordam sem fraude nem mercado,
que, caladinhos, tecem o mundo com fios de afeto.
São meus amores, que me lançam ao mundo,
me oferecendo o rumo, a mão e o alento,
transformando em direito o que até agora foi um luxo,
afirmando que o amor é possível graças Àquele que nos amou primeiro.
4/11/2010
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