Com quais materiais nos fizeram
Quando teceram nossas entranhas
E modelaram nossos sentidos?
Quais as palavras que nos gestaram
Quando se formava nossa sensibilidade
E se construía nossa consciência?
Quais olhares nos iluminaram
Quando tateávamos caminhos
E se desenhavam nossos mapas?
Com quais afetos nos alimentaram
Quando enraizava nossa estima
E se erguia cintilante o amor?
Quais as mãos que nos guiaram
Quando nos aventuramos na vida
E o horizonte invadiu nosso anseio?
Quem continua velando nossa viagem
Quando erramos nossas escolhas
E sentimos que o futuro nos espanta?
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