Quando as entranhas se agitam
E os alicerces se comovem
Quando o futuro se embaça
E a esperança foge enevoada
Onde ancoraremos nossos sonhos?
Onde semearemos os esforços?
Na dor de quem não tem culpa
De que sejamos discurso
Etéreas teorias sem raiz nem fruto
No sofrimento mudo dos esquecidos
Espectadores da nossa grandiloquência
Comensais forçosos da nossa incoerência
Na luta teimosa de quem ainda canta
Apesar das feridas do nosso desprezo
Avivando o sangue e afirmando o passo
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