23 de abril de 2012
Peço desculpas
Por tecer minha vida
Com mil fios coloridos
Sem trama estabelecida
Nem desenho padronizado
Bolando o destino em cada passo
Peço desculpas
Por lançar aos ares
Meus anseios e versos
Livres e intensos como o vento
Sem esperar elogios
Nem sucesso no mercado
Peço desculpas
Por viver inconformado
Carregando o mundo na retina
Sofrendo com as dores injustas
Chorando a vida que se apaga
Por ter nascido humano
Peço desculpas
Por andar em liberdade
Sem amarras nem débitos
Amando cada história
Que a vida me apresenta
Por abraçar até a alma
Peço desculpas
Por deixar esfriar meu fogo
Com os anos e a rotina
Desmontando as bandeiras
Que me orientaram nas lutas
Por me esparramar abatido
Peço desculpas
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