4 de junho de 2012

A dor nossa de cada dia


Dói a alma
Quando alguém inclemente reabre as velhas feridas
E as escuras nuvens que arruinaram o passado
Novamente ensombrecem o horizonte

Dói a vida
Quando o orgulho dilacera nossos sonhos
E desaparecem no céu as estrelas
Que em outro tempo guiaram os meus passos

Dói o sangue
Quando a mentira invade nossas veias
E como câncer toma conta da esperança
Decompondo as poucas forças que ainda tinha

Dói a raiva
Quando o silêncio se impõe sobre o direito
E o coração se afoga chorando no escondido
Regando com dor os brotos que florirão no futuro

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