Ó doces sons das estrelas
Avivem as tênues faíscas
Libertem minha esperança
Desta inexorável carga
Não me deixem nesta hora
Quando a raiva me acossa
Não permitam que sua garra
Dilacere minha alma
Joguem aos ventos suas notas
Criem ciclones e chuvas
Brotem no seio da terra
Novos hinos e bandeiras
Cantem com vigor e graça
Até espantar as sombras
Abram no céu uma porta
E surja a luz que nos salva
30 de janeiro de 2012
23 de janeiro de 2012
Abre-te à vida
Abre a mão, o coração e o sangue
Deixa que a vida flua por teu íntimo
E purifique tuas entranhas,
Teus medos e tuas sombras
Até que o mais sincero sentimento
Se eleve em harmonioso canto agradecido
Não temas a violência da torrente
As arremetidas dos afetos
Nem o fascínio das primeiras luzes
Espera paciente que se acalmem as águas
E tudo encontre um novo equilíbrio
Só então perceberás a vida que germina
Deixa que a vida flua por teu íntimo
E purifique tuas entranhas,
Teus medos e tuas sombras
Até que o mais sincero sentimento
Se eleve em harmonioso canto agradecido
Não temas a violência da torrente
As arremetidas dos afetos
Nem o fascínio das primeiras luzes
Espera paciente que se acalmem as águas
E tudo encontre um novo equilíbrio
Só então perceberás a vida que germina
16 de janeiro de 2012
Armado só de palavras
Vou encarando este mundo
Desafiando as mentiras
Rimando nossos anseios
Armado só de palavras
Vou construindo futuro
Levantando as bandeiras
Que nos guiarão nos duelos
Armado só de palavras
Vou erigindo castelos
Para descanso das almas
Que se verteram nos campos
Armado só de palavras
Vou semeando os caminhos
Anunciando as colheitas
Que nutrirão nossos sonhos
9 de janeiro de 2012
Na torrente da vida
Como um riacho nascendo entre as montanhas
Como uma torrente de vitalidade impetuosa
Fui atravessando o tempo e o espaço
Escorregando entre os seres e as coisas
Fugaz e passageiro
Como um torrencial fluxo de energia
Acometendo contra obstáculos e fronteiras
Que tentavam reprimir meu passo
Deixei-me arrastar pela vida
Sem freio nem controle
Depois chegou o tempo da paisagem serena
Do remanso cálido e da praia aconchegante
As montanhas se tornaram vales
E os vales se abriram no infinito
Onde o estrondo das águas se perde e abafa
Nessa calma aparente me deslizo silencioso
Mas o rio sabe do turbilhão que carrega no íntimo
A lama de sua fraqueza e os troncos do seu passado
Um mundo submergido que o alimenta
Com histórias e nomes das peripécias vividas
Nas várzeas da vida outras vidas vão crescendo
As vidas dos que cuidam e acompanham
Agradecendo em silêncio a vitalidade do rio
E as vidas dos que se apropriam da água
Indiferentes e indolentes pela vida que cerceiam
Com sua bagagem de emoções e vivências
A torrente continua sua marcha irrefreável
Regando a seu passo a terra e os corações que ama
Levando no seu sangue os sonhos e as lágrimas vertidas
Até onde e quando o tempo considerar aceitável
Como uma torrente de vitalidade impetuosa
Fui atravessando o tempo e o espaço
Escorregando entre os seres e as coisas
Fugaz e passageiro
Como um torrencial fluxo de energia
Acometendo contra obstáculos e fronteiras
Que tentavam reprimir meu passo
Deixei-me arrastar pela vida
Sem freio nem controle
Depois chegou o tempo da paisagem serena
Do remanso cálido e da praia aconchegante
As montanhas se tornaram vales
E os vales se abriram no infinito
Onde o estrondo das águas se perde e abafa
Nessa calma aparente me deslizo silencioso
Mas o rio sabe do turbilhão que carrega no íntimo
A lama de sua fraqueza e os troncos do seu passado
Um mundo submergido que o alimenta
Com histórias e nomes das peripécias vividas
Nas várzeas da vida outras vidas vão crescendo
As vidas dos que cuidam e acompanham
Agradecendo em silêncio a vitalidade do rio
E as vidas dos que se apropriam da água
Indiferentes e indolentes pela vida que cerceiam
Com sua bagagem de emoções e vivências
A torrente continua sua marcha irrefreável
Regando a seu passo a terra e os corações que ama
Levando no seu sangue os sonhos e as lágrimas vertidas
Até onde e quando o tempo considerar aceitável
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