25 de junho de 2012
O lar da vida
Num sorriso inocente
Numa lágrima meiga
Num gesto de ternura
Ou num silêncio solidário
Intuo um universo de sentido
Um horizonte infinito
Que me convida à confiança
Avivando minha coragem
Nos palcos e altares
Nas batalhas e vitórias
Nos méritos e conquistas
Descubro um mundo de falsidade
Palavras e reproches artificiais
Estrategicamente desenhados
Que ameaçam e intimidam
Até sufocarem a esperança
18 de junho de 2012
Deixa que explique
Arrastando a vida
Pelo chão do mundo
Descubro as perguntas
Que animam meus passos
Entoando as notas
Que o céu compõe
Sinto-me revigorado
Numa sinfonia de amor eterno
Escrutando o íntimo
Do coração humano
Intuo o propósito
Que me mantém vivo
11 de junho de 2012
Aprenderei sofrendo
Deixando a pele em cada passo
Arrastando a vida em cada ocaso
Recolhendo o sangue de cada luta
Aprenderei como sempre sofrendo
Voltando para casa exausto e ferido
Depois de enfrentar tempestades e iras
Depois de vagar entre espinhos e pedras
Aprenderei mais uma vez sofrendo
Tragando sem reclamo as raivas
Cuspindo aos prantos o orgulho
Guardando no silêncio os medos
Aprenderei mesmo sofrendo
E erguerei novamente meus punhos
Semeando aos ventos meus versos
Até florescerem na consciência do mundo
4 de junho de 2012
A dor nossa de cada dia
Dói a alma
Quando alguém inclemente reabre as velhas feridas
E as escuras nuvens que arruinaram o passado
Novamente ensombrecem o horizonte
Dói a vida
Quando o orgulho dilacera nossos sonhos
E desaparecem no céu as estrelas
Que em outro tempo guiaram os meus passos
Dói o sangue
Quando a mentira invade nossas veias
E como câncer toma conta da esperança
Decompondo as poucas forças que ainda tinha
Dói a raiva
Quando o silêncio se impõe sobre o direito
E o coração se afoga chorando no escondido
Regando com dor os brotos que florirão no futuro
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