9 de janeiro de 2011

Como a borboleta

suave, mais suave ainda
sem importunar as almas errantes
cansadas de procurar o manancial da vida

devagar, mais devagar ainda
sem forçar os desejos contidos
temerosos e aflitos por tanto gelo sofrido

com a delicadeza da borboleta
afagando os afetos e despertando os sonhos
extraindo o néctar de quem se descobre vivo

com o encanto da borboleta
fascinando com sua dança tímida, cadenciada
embelezando o espaço e respeitando o sentimento

com a beleza da borboleta
amaciando as dores e colorindo as tristezas
erguendo o espírito de quem já morou nas trevas

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