11 de abril de 2011

O sangue inocente clama desde a terra

Oswaldo Guayasamin.
O sangue inocente clama desde a terra
Foi vertido sem piedade
Extraído sem dor nem motivo
O que semeamos neste mundo
Que seus frutos nos espantam?

Vidas e sonhos esparramados sem sentido
Choramos a morte injusta e antecipada
Quando bate na porta da nossa casa
Quando fala nossa língua
E salpica com crueldade nossa rotina

Mas são muitos os Rios que acontecem a cada dia
O massacre é mundial e ninguém se questiona
Quem chora os milhões de assassinados pela fome?
Quem faz própria a dor dos miseráveis?
Por que umas vidas são mais vidas que outras?

Costa de Marfim, Líbia, Afeganistão, Iraque
O mundo em guerra não nos abala
E sonhamos em ser como aqueles
Que têm a morte por companheira
Aqueles que perderam o rumo e o sorriso

Ergue o coração e a raiva, humanidade!
Não permitas mais ultrajes nem mais indiferença
Que não arranquem mais filhos do teu seio
Que ninguém se sinta em paz até que a paz reine
Que a vida seja para todos e por todos protegida

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