31 de outubro de 2011

Renuncio

Renuncio a esta viagem
que nos arrasta sem compaixão
sem destino nem guia
por caminhos tortuosos
e desnecessárias feridas

Renuncio a este mundo
que nos aguilhoa sem piedade
sem dó nem pena
por motivos fúteis
e sórdidos objetivos

Renuncio a esta corrente
que nos amarra sem solução
sem esperança nem escolha
por culpa dos medos
e dos próprios fantasmas

Renuncio a esta guerra
que nos destrói sem sentido
sem causa nem futuro
por bandeiras desbotadas
e vazios discursos

Um comentário:

  1. Nossa Pe. Carlos, ficou ótima a poesia, muito linda, deixastes brotar tudo aquilo que nos impede e ir até o outro, até Deus... um forte abraço!! Maurício Souza

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