28 de novembro de 2011

Crise eterna


Escrutando os mais escuros rincões
deste ensanguentado chão
as geladas sombras que se alastram
sobre esta humanidade ferida
escuto o clamor de milhões
que se eleva como uma só voz
como um pranto desesperado
como o último suspiro
de uma alma abandonada
de um coração esfarrapado
com a indiferença do orgulhoso
e o chicote do prepotente

É a vida escorregando
pelos mares da inconsciência
que não se agitam nem comovem
diante do amor crucificado
da esperança torturada
e do futuro condenado

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